28/06/2013 07h00
- Atualizado em
28/06/2013 07h00
Delegacias registra varias ocorrências por dia contra a Telexfree
Empresa esta sendo investigada em todo país por suspeita de pirâmide financeira.
Sede da Telexfree em Vitória
(Foto: Leandro Nossa/G1 ES)
A Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos (DRCE) de Vitória
registra varias ocorrências por dia contra a empresa Telexfree. O delegado Leandro Piquet informou, nesta
quinta-feira (27),(Foto: Leandro Nossa/G1 ES)
que divulgadores da empresa têm registrado ocorrências pelo desaparecimento de créditos de suas contas com a empresa. Só nas primeiras duas semanas deste mês foram de 20 a 30 ocorrências. Segundo Piquet, há casos de subtração de créditos de US$ 300,00 a US$ 10.000,00. O advogado da Telexfree, Horst Fuchs, isentou a empresa de culpa no caso e disse que a subtração de créditos acontece por descuido de divulgadores que compartilham suas senhas.
A suspeita de golpes financeiros disfarçados de investimentos é investigada na empresa Telexfree, com sede no Espírito Santo, pela Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon),e o Ministério Público Estadual (MP-ES) e pela Polícia Civil. A firma vende um programa de computador chamado VoiP, que permite ligações locais, de DDD e DDI ilimitadas e, para tornar o serviço conhecido, oferece dinheiro para internautas criarem anúncios gratuitos na web. Recentemente, a Justiça do Acre suspendeu a atuação da Telexfree e a adesão de novos divulgadores.
Defraudações
Outra delegacia também investiga a empresa no estado. A Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa) investiga a empresa por crime contra a economia popular. De acordo com a titular da Defa Gracimeri Gaviorno, a próxima fase da investigação é realizar oitivas com os responsáveis pela Telexfree.
Advogado da Telexfree
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Para o advogado da empresa, Horst Fuchs, a empresa não tem participação
na subtração dos créditos. De acordo com o advogado, esta é uma
situação causada pelos próprios divulgadores. O fato de pessoas diferentes acessarem a
mesma conta causa o problema. Os divulgadores, as vezes, têm entregado a
senha para várias pessoas, e elas acabam realizando a subtração. É a
mesma coisa que emprestar um cartão de crédito a uma pessoa e dar a ela a
senha e depois alegar que há saques indevidos da minha conta e o banco
terá que responder por minha conduta negligente, isso não existe",
frisou.(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Fuchs também frisou que há casos em que os divulgadores agem de má fé. "Nós já tivemos situação de um divulgador ter desviado créditos para outra conta e ele mesmo alegar que houve fraude, e depois ele vir se retratar. A pessoa lesada, que alega a subtração precisa ir a delegacia registrar um boletim de ocorrência. Em seguida nós pegamos o BO, rastreamos o destino do valor e bloqueamos aquele valor na conta de quem recebeu. Chamamos a pessoa que recebeu para que ela comprove a origem dos créditos. Se preciso, a gente marca uma conciliação entre os divulgadores. A empresa não tem nada a ver com as subtrações", apontou.
O delegado Piquet disse que a abertura ou não de um inquérito será determinada pela resposta da Telexfree. Ele aguarda um parecer da empresa sobre a situação e, caso, não haja um esclarecimento o sigilo dos dados da empresa podem ser quebrados.
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